terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A estrela lá das tantas


De madrugada me levanto às tantas
E ouço somente o som do ermo
E do vento que o preenche.

Levo meus olhos acima do monte,
Através do basculante do quarto,
E acho a estrela distante,
Cintilante bailarina espelhada.

A estrela solitária saúdo
Com o sorriso de lua cheia
E mareio os olhos por instinto.

Tudo no instante cheira
A hortelã e a geada
E a bailarina flutuada
Aguarda a hora certeira do sorriso.

Madrugada de gelo,
Degelo e gente dormindo.
Logo, logo se abre a aurora;

E tudo que nos resta agora
É o desejo que sorrindo esteja
A brilhante estrela cuja luz foi embora.

21/01/2010

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