Na escrivaninha,
Dentro do poeta,
Quietinha, sozinha,
Desvela-se a senhora poesia
No mundo regido pela ditadura
Da palavra muda.
A palavra, como já disseram,
E coisa extremamente dura
Fixa
Rocha
Pedra
Liga de aço.
A poesia não se importa
Não se abate
Não debate
Nem liga ao que faço.
A poesia é soberana
E deliciosamente engana
Dentro dos limites etéreos
Mal determinados
Do campo minado
Da água humana.
Ou seja,
De perto à Londres
Da porta ao longe.
Do pecado ao monge.
A energia,
Pela Física,
É coisa que se conserva,
Eterna,
Que desde eras
Tem em mesma quantidade:
Não é destruída
Não é gerada
É repaginada
Num ciclo de novidades
E velharias.
A poesia
Destrói a Física,
Destrona Galileu,
Newton e Einstein.
Faz da nudez,
Suas asas;
Traz da mudez
Suas falas;
Do nada
Faz um universo
De possíveis ecos
Pais de revérberos
Profusão que irradia.
A poesia,
Diferente da energia,
Nem a si
Nem ao poeta
Conserva.
Dentro do poeta,
Quietinha, sozinha,
Desvela-se a senhora poesia
No mundo regido pela ditadura
Da palavra muda.
A palavra, como já disseram,
E coisa extremamente dura
Fixa
Rocha
Pedra
Liga de aço.
A poesia não se importa
Não se abate
Não debate
Nem liga ao que faço.
A poesia é soberana
E deliciosamente engana
Dentro dos limites etéreos
Mal determinados
Do campo minado
Da água humana.
Ou seja,
De perto à Londres
Da porta ao longe.
Do pecado ao monge.
A energia,
Pela Física,
É coisa que se conserva,
Eterna,
Que desde eras
Tem em mesma quantidade:
Não é destruída
Não é gerada
É repaginada
Num ciclo de novidades
E velharias.
A poesia
Destrói a Física,
Destrona Galileu,
Newton e Einstein.
Faz da nudez,
Suas asas;
Traz da mudez
Suas falas;
Do nada
Faz um universo
De possíveis ecos
Pais de revérberos
Profusão que irradia.
A poesia,
Diferente da energia,
Nem a si
Nem ao poeta
Conserva.
22/09/2009
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