quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O louco


Não sofre nunca mais de solidão, / hoje vive cercado por amigos.
Pra trás ficou decepção / da intenção alienada dos queridos.

A vida tomou um novo brilho, / agora proseia o dia inteiro.
O pai, a mãe, também os filhos? / Pra quê? Tem-se algo verdadeiro.

A pedra, amiga divertida, / provoca risos sem receio.
Ausentes dentes na gengiva. / Adeus, bye bye, sorriso meio!

O amor da vida é a mangueira, / seus beijos são doces como manga.
As folhas, carícias verdadeiras. / O tronco, sincero, não lhe engana.

A flor, amiga confidente, / lhe mostra beleza que perdura.
Certeza de cores afluentes / que jorram do caule pela rua.

É tanta boa gente em evidência / amando docemente o ser imundo...
Melhor viver noutra ciência / sem ciência de viver em outro mundo.


 
07/12/2009


Um comentário:

  1. Bom dia, poeta... estamos nos reencontrando...E, para mim, é uma ótima surpresa, muita paz e realizações na tua vida.

    FELIZ NATAL!

    ResponderExcluir