segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O que é meu

Em algumas noites frias
A lua se silencia
A estrela toma outra via
E, de tão densas,
Palmeio trevas.

Neste meio... pirilampo
Ah, pirilampo...
Ínterim de brilho de farol
E dureza fosca de amianto.

Se isso está me restando
Minha mão lanço
Apalpo
Agarro
Retenho tudo que tenho
Afago tudo o que é meu:

A singela luz que amorna o peito
E o silêncio maciço do breu.

 

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