sexta-feira, 5 de março de 2010

Brincando de roda


Um pedaço de tempo, com limites de vento,
É aquele em que padeço
Sorrindo
Juntinho às gentes.

Na passagem do passageiro
Arranjo laços com os entes
(Que não me pertencem)
Em cujas extremidades
Não há assertividade.

Não existe minha vontade,
Somente submissão
Àquele que puxa o cordão
Desfazendo o laço,
E nos estanca de repente,
Sem rastro de suavidade.

A roda é assim mesmo,
Não me surpreende.

Quando uma mão se solta,
Outra se apresenta prontamente.

Até que na fronteira
Eu me canse, permanentemente,
Da brincadeira.

01/03/2010

2 comentários:

  1. Caro Sandro, com a aparente desativação do site VERSO & PROSA, gostaria que conhecesse o SITE DE POESIAS, http://sitedepoesias.com/home, onde espero continuar apreciando sua sensibilidade poética,

    abçs

    Ediloy ( ediloyferraro@hotmail.com)

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  2. Escritores são aqueles seres aparentemente comuns,que possuem a misteriosa habilidade de traduzir os sussurros do Vento...

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